quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Governo libera 105 mil reais para o laticínio-escola

O governador Alcides Rodrigues autorizou a liberação de 105 mil reais para a conclusão do laticínio-escola, da Universidade Estadual de Goiás - UEG em São Luís de Montes Belos. A referida estrutura encontra-se com obras civis, hidráulica e elétrica concluídas, faltando apenas a subestação de energia elétrica, esgoto e instalações de água e vapor. Esse recurso é parte restante de um compromisso assumido pelo Governo de Goiás para implantação do Centro Tecnológico do Leite - CTL em São Luís de Montes Belos.

O CTL é um conjunto de estruturas físicas como a fazenda-escola, o laticínio-escola e laboratórios, unidades de ensino e pesquisa, cursos de formação e capacitação e outros serviços destinados a desenvolver a atividade leiteira em Goiás a partir da microrregião de São Luís de Montes Belos.

O laticínio-escola, de propriedade da Embrapa Gado de Leite, foi transferido à UEG ainda inconcluso em agosto de 2008, em comodato de 10 anos. A partir de agora a Universidade Estadual poderá fazer investimentos significativos na melhoria dessa estrutura, de modo a garantir a boa formação dos tecnólogos em laticínios e a capacitação dos trabalhadores da indústria de laticínios, especialmente os da indústria goiana.

Para investir os 105 mil reais a direção da UEG está elaborando o processo licitatório, a fim contratar o mais rápido possível as obras e serviços necessários cuja conclusão não tem data definida.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O APL LÁCTEO NOS PRÓXIMOS 04 ANOS



A governança do arranjo produtivo local lácteo promove no dia 25 de novembro o seminário O APL LÁCTEO NOS PRÓXIMOS 04 ANOS, com o objetivo de apresentar aos prefeitos eleitos o arranjo produtivo e discutir com o conjunto de agentes econômicos, políticos e sociais as possibilidades de dinamização das ações de estruturação e fortalecimento do APL.

O evento está programado para o período das 13:30 às 17:30h, no auditório da UEG, em São Luís de Montes Belos, com 06 palestras distribuídas em 02 painéis. Ao final de cada painel será aberto espaço para o debate sobre as ações de estruturação e fortalecimento da atividade leiteira na microrregião de São Luís de Montes Belos.

PAINEL 1: ATIVIDADE LEITEIRA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Moderador: João Bosco Umbelino do Santos, Diretor-Superintendente SEBRAE Goiás
Palestra - A região de planejamento Oeste Goiano
Palestra - A importância econômica e social da atividade leiteira
Palestra - Atividade leiteira na microrregião de São Luís de Montes Belos

PAINEL 2: ARRANJOS PRODUTIVOS E DESENVOLVIMENTO LOCAL
Moderador: Joel Santana, Secretário de Ciência e Tecnologia - SECTEC
Palestra - Arranjos produtivos locais - APLs
Palestra - O APL Lácteo da microrregião de São Luís de Montes Belos
Palestra - Centro Tecnológico do Leite - CTL
MT: intenção é ampliar produção de leite até 2010

O 1º Encontro Empresarial da Cadeia Produtiva do Leite em Mato Grosso, de 11 a 13 de dezembro, reunirá os elos de toda a cadeia - pesquisadores, produtores, empresários (indústria e distribuidores) e consumidor - para discutir os problemas e encontrar soluções para o setor. A meta é produzir mais e melhor; para tanto, é preciso qualificação e investimento em genética, nutrição, manejo e gestão. "O MT Regional é nosso parceiro na organização do evento, trazendo caravanas de produtores para participar das palestras técnicas, feira do leite, exposição de equipamentos e produtos e leilão de gado leiteiro", disse Eldor Sontag, diretor-executivo do Sindilat.

Mato Grosso tem três grandes bacias leiteiras, distribuídas nas regiões Oeste, Norte e Sul, que produzem 1,650 milhão de litros/leite/dia e geram 16.500 empregos diretos. "Com estes programas (Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite e do Projeto Balde Cheio), queremos dobrar a produção de leite até 2010", prevê o presidente do Sindilat, Arnaldo da Silva Alves Filho. O coordenador da cadeia produtiva do leite no MT Regional, Carlos Guilherme Dorileo Leite, explica que o programa vai atender à demanda dos 15 consórcios intermunicipais do Estado que têm atividades na área, da produção, industrialização até o consumo.

"Definimos três pilares básicos dentro desse programa: maior produção e produtividade do rebanho, modernização das indústrias e diversificação dos produtos lácteos e aumento do consumo", explica Dorileo. Em Mato Grosso, o consumo per capita anual de leite é de 90 kg.

As informações são do Site Agronotícias/MT, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
[13/11/2008]
RS: região está na rota mundial do leite

As favoráveis condições climáticas, de pastagens e alternativas logísticas colocam o Rio Grande do Sul ao lado dos mercados mais competitivos no mundo. Para aproveitar esse potencial gaúcho, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) investiu em uma fábrica de leite em pó em Cruz Alta e quer inserir o maior número de produtores, de 350 municípios, na cadeia produtiva. Para isso, todo suporte técnico será oferecido pelas cooperativas associadas de forma a aumentar o rendimento e tornar o negócio lucrativo também aos produtores.

Diferente do consumo mundial atualmente maior do que a oferta, o Rio Grande do Sul já produz acima da necessidade e abre espaço à exportação. Apenas cinco países, além do Brasil, possuem potencial para aumentar a produção sem prejudicar o mercado interno: Estados Unidos, França, Alemanha, Índia e Nova Zelândia. Destes, apenas os dois últimos possuem crescimento na produção acima de 2,5% ao ano e condições de competir no mercado externo junto aos produtores brasileiros. O Brasil e a Índia, porém, ainda não conseguiram atingir produtividade acima de três mil toneladas de leite por vaca. As brasileiras estão na média de 1,7, enquanto as indianas em 2,5.

De acordo com o presidente da CCGL, Caio Vianna, falta principalmente assistência técnica aos produtores para aumentar a produtividade, de forma a atingir cerca de 30 litros por animal por dia ou cerca de 15 mil litros por hectare de terra por ano. "Temos de ver as oportunidades e buscar aprimoramento. Com o crescimento da população mundial, aumento da renda per capita e principalmente de consumo de leite no sudoeste da Ásia e leste e norte da África, o negócio se tornou muito atrativo e temos de buscar esse mercado. O Brasil tem terras disponíveis e não é preciso comprar mais vacas. É só dar comida para elas.

"Vianna ressalta que, diferente do hemisfério norte, o Brasil pode garantir qualidade na produção de leite mesmo ao manter o gado na pastagem durante as 24 horas do dia e oferecer suplementação alimentar apenas no momento da ordenha. Estudos do Conselho técnico da CCGL demonstram que é possível atingir a produção de 15 mil litros de leite por hectare, com cerca de três a quatro animais. O objetivo, no entanto, é alcançar os 33 mil litros por hectare. "Com potencial para produção, a grande diferença do Brasil para outros países é que aqui os técnicos podem gerar mudanças na atividade. Temos a melhor região do mundo para produzir leite com custo viável e o projeto da CCGL é da porteira da fábrica para o campo. Nosso objetivo é pensar também no produtor", afirmou.

O Rio Grande do Sul, junto com as regiões oeste catarinense e paranaense, possui, segundo o presidente da CCGL, o melhor potencial logístico e de produção do mundo. Em segundo lugar estão o Uruguai e Argentina. Com território menor que o Estado, a Nova Zelândia é o maior exportador de leite do mundo, com produção de 15 bilhões de litros por ano e abastecimento de 33% do mercado.

As informações são do Jornal A Razão/RS, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
[17/11/2008]

Laticínios Bom Gosto e Líder Alimentos anunciam fusão

Juntas, as empresas serão a quarta maior em captação de leite no Brasil

A gaúcha Laticínios Bom Gosto e a paranaense Líder Alimentos anunciaram nesta segunda-feira a fusão de suas operações com o objetivo de aumentar a presença no mercado nacional e expandir os seus negócios para o exterior. "Dessa associação, que estabelece a união dos ativos e o aporte de recursos do BNDES, resulta a quarta maior empresa em volume de captação de leite no país, com um faturamento previsto para o próximo ano de 1,5 bilhão de reais", diz o comunicado.

As duas empresas são conhecidas pela produção no setor de lácteos e de sucos e alimentos de soja. Juntas somam um volume de produção de três milhões de litros por dia, que correspondem a 1,1 bilhão de litros por ano. As empresas têm 2,6 mil funcionários, 26,5 mil produtores integrados, 17 unidades industriais localizadas no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul e 22 postos de captação e resfriamento de leite. Além das marcas Bom Gosto e Líder, contam com outras tradicionais no mercado de laticínios do país, como DaMatta, Sarita, Corlac, Boa Nata, São Gabriel.

"A fusão das operações, amadurecida ao longo de 12 meses, contempla um modelo de gestão compartilhada. Os planos de investimentos serão mantidos e envolvem mais de 56 milhões de reais até a metade de 2009. Além disso, estão sendo aplicados 30 milhões de dólares na construção de uma fábrica no Uruguai, com capacidade inicial de processamento de 400 mil litros por dia, que será a primeira fábrica brasileira de laticínios a se instalar fora do país", afirmam os responsáveis pelo negócio.

As empresas

A Laticínios Bom Gosto iniciou suas atividades de beneficiamento de leite em 1993, em Tapejara (RS). O objetivo era industrializar a matéria-prima produzida na região norte do Estado. A partir do ano 2000, a empresa iniciou o processo de ampliação de sua linha de produtos, com a instalação de uma planta industrial para fabricação de leite longa vida (UHT), leite condensado e concentrado, creme de leite e achocolatado, atingindo uma capacidade de processamento de até 1 milhão de litros por dia. Atualmente, a empresa conta com 1,2 mil funcionários e cerca de 12 mil produtores integrados no Rio Grande do Sul, além de 34 cooperativas parceiras.

Hoje, a Bom Gosto possui uma capacidade de produção de 2,5 milhões de litros por dia, que correspondem a 700 milhões de litros por ano. Para este ano, a empresa prevê um faturamento em torno de R$ 800 milhões, e já projeta chegar a R$ 1,5 bilhão em 2009 com a fusão.

A Líder Alimentos foi fundada em 1980, em Lobato (PR), pelos irmãos Agenor e Aparecido Stuani, inicialmente dedicada à produção de queijos. Em 1988, foram adquiridas mais duas unidades industriais, uma em Nova Esperança (PR) e outra em Cruzeiro do Sul (PR), destinadas à fabricação de queijos e leite pasteurizado. E em agosto de 1994, a empresa iniciou a construção de uma nova fábrica em Lobato (PR), para produção de leite longa vida, que começou a operar em julho do ano seguinte.

Em 2004, a empresa iniciou a fabricação de queijos em Crissiumal (RS), onde aplicou 4 milhões de reais. E em 2007, realizou investimentos na ordem de 15 milhões de reais na ampliação da fábrica de Lobato, com o ingresso no segmento de sucos e alimentos à base de soja. Quatros anos depois, investiu 35 milhões de reais na compra da Saga Agroindustrial, em São Gabriel do Oeste (MS) e nas operações da Coomleite, em Campo Grande (MS), além da Mineiro Novo, em Nova Andradina (MS).

Portal EXAME
17.11.2008 16h42